PRETO E BRANCO -
a máxima dualidade dos opostos: a luz e as trevas,
o dia e a noite, a vida e a
morte. (Primeira parte)
É com muito
prazer que apresento esta postagem
contendo uma seleção de livros que ilustrei em bico de pena. Pena que, em
grande parte, eu mesmo construo. Acredito que esta seja uma das técnicas mais
nobres da arte de ilustrar. É a que apresenta a maior dificuldade, um meio
plástico que, por exemplo, não permite o arrependimento, ou seja, o pentimento.
É, no entanto, a que oferece ao artista a maior ancestralidade - sua história
se identifica diretamente com a arte da linha e do desenho, que se perde na
noite do tempo. (continua ao longo desta postagem)
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A FORMOSA PRINCESA MAGALONA - Rui de Oliveira - Adler Books - 2009. |
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A FORMOSA PRINCESA MAGALONA - Rui de Oliveira - Adler Books - 2009. |
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COCORI - Joaquim Gutierrez - Editora Agir - 1986. |
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COCORI - Joaquim Gutierrez - Editora Agir - 1986. |
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COCORI - Joaquim Gutierrez - Editora Agir - 1986. |
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DIDO, A rainha de Cártago - Christopher Marlowe - Adap. Luiz Antônio Aguiar. - Ed. Difel - 2009. |
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DIDO, A rainha de Cártago - Christopher Marlowe - Adap. Luiz Antônio Aguiar. - Ed. Difel - 2009. |
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A VIAGEM DA SEREIA - Vera Pacheco Jordão - Ed. Salamandra - Primeira versão - 1981. |
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A VIAGEM DA SEREIA - Vera Pacheco Jordão - Ed. Salamandra - Primeira versão - 1981.
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UMA ILHA LÁ LONGE - Cora Rónai - Ed. Record - primeira edição - 1987. |
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UMA ILHA LÁ LONGE - Cora Rónai - Ed. Record - primeira edição - 1987. |
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UMA ILHA LÁ LONGE - Cora Rónai - Ed. Record - primeira edição - 1987. |
Portanto, ela se aproxima das tradicionais técnicas de
estampar gravuras, como a xilogravura, amplamente utilizada na Idade Média como
meio de impressão. Em suma, o bico de pena se identifica com os diversos
gêneros de corte e incisão, como a xilogravura, a ponta seca e o buril, no caso
da gravura em metal. (continua)
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O HOMEM QUE BOTOU OVO - Maria Lúcia Amaral - Ed. Rocco - 1986. |
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O HOMEM QUE BOTOU OVO - Maria Lúcia Amaral - Ed. Rocco - 1986. |
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OS POVOS DA FLORESTA - Márcia Peltier - Ed. Nova Fronteira - 1991. |
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OS POVOS DA FLORESTA - Márcia Peltier - Ed. Nova Fronteira - 1991. |
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OS POVOS DA FLORESTA - Márcia Peltier - Ed. Nova Fronteira - 1991. |
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AS AVENTURAS DE HUCKLEBERRY FINN - Mark Twain - Ed. Ática - 1996. |
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AS AVENTURAS DE HUCKLEBERRY FINN - Mark Twain - Ed. Ática - 1996. |
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AS AVENTURAS DE HUCKLEBERRY FINN - Mark Twain - Ed. Ática - 1996. |
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A VIAGEM PROIBIDA - As Aventuras de Gavião Vaqueiro - Assis Brasil - Ed. Melhoramentos - 1982. |
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UM PREÇO PELA VIDA - As Aventuras de Gavião Vaqueiro - Assis Brasil - Ed. Melhoramentos - 1980. |
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MARATONA - José Américo de Moura - Ed. Atual - 1986. |
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MARATONA - José Américo de Moura - Ed. Atual - 1986. |
Não foi por mero
capricho que o grande ilustrador americano Howard Pyle, conhecido como o pai da
ilustração americana, no princípio do século passado, diante de sua
insatisfação como vinha sendo reproduzido em cores o seu trabalho, retornou ao
bico de pena e às suas origens nos xilos, sobretudo na obra de Albrecht Durer,
muito admirado pelo mestre. (continua)
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MARATONA - José Américo de Moura - Ed. Atual - 1986. |
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O JARDIM DOS CAVALOS MARINHOS - Mustafá Yazbek - Ed. Atual - 1986. |
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O JARDIM DOS CAVALOS MARINHOS - Mustafá Yazbek - Ed. Atual - 1986.
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A TAREFA - Maria Lúcia Martins - Ediouro - 1997. |
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A TAREFA - Maria Lúcia Martins - Ediouro - 1997. |
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A VIAGEM DA SEREIA - Vera Pacheco Jordão - Ed. Salamandra - 1981. |
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A VIAGEM DA SEREIA - Vera Pacheco Jordão - Ed. Salamandra - 1981. |
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CONTOS AO REDOR DA FOGUEIRA - Rogério Andrade Barbosa - Ed. Agir - 1991. |
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CONTOS AO REDOR DA FOGUEIRA - Rogério Andrade Barbosa - Ed. Agir - 1991. |
Este é outro
aspecto interessante do gênero: apesar das modernas técnicas de captura da
imagem em cores, o bico de pena continua sendo a mais fiel meio de reprodução
da obra de um ilustrador. Havendo um papel de boa qualidade e uma mediana
reprodução, nós poderíamos assinar os múltiplos e os mesmos serem considerados
originais.
Na ilustração
americana, nos anos 80, houve uma grande revivescência do bico de pena.
Não apenas por sua independência expressiva e fidelidade ao original, mas
principalmente pela sua excelência artística e estética. Este será o tema da
próxima postagem. (continua)
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O MENINO E O TREM - Fernando Lobo - Ed. José Olympio - 1978. |
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O MENINO E O TREM - Fernando Lobo - Ed. José Olympio - 1978. |
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O MENINO E O TREM - Fernando Lobo - Ed. José Olympio - 1978. |
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A MÃO TATUADA - Giselda Laporta Nicolelis - Ed. Atual - 1986. |
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A MÃO TATUADA - Giselda Laporta Nicolelis - Ed. Atual - 1986.
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MANU, A Menina que Sabia Ouvir - Michael Ende - Ed. Salamandra - 1978. |
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MANU, A Menina que Sabia Ouvir - Michael Ende - Ed. Salamandra - 1978. |
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MANU, A Menina que Sabia Ouvir - Michael Ende - Ed. Salamandra - 1978.
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Gosto profundamente desta técnica, e é com muita alegria que ofereço ao grande público alguns exemplos de livros que ilustrei nesse universo de expressão. Num sentido bem amplo do preto e branco, o mais profundo e simbólico dos contrastes, em muitos livros aqui apresentados utilizei colagens, frotagens e monotipias. Espero que gostem. Um afetuoso abraço.
Rui de Oliveira – Agosto de 2018.
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